PALESTRAS

• Palestra de Abertura: Física, Linguagem e Abordagens de Ensino
  Profa. Dra. Maria José P. M. de Almeida – UNICAMP
  RESUMO: Natureza e objeto da física e do seu ensino. Os papéis da linguagem na física e no seu ensino. Algumas abordagens para o ensino da física e seus possíveis objetivos.
• Palestra II: Galileu sabia óptica? Discutindo a relação entre ciência e tecnologia numa perspectiva histórica
  Profa. Dra. Ana Paula Bispo da Silva – UEPB
  RESUMO: Partindo do episódio histórico que trata do desenvolvimento do telescópio no século XVIII, analisaremos as contribuições da história e filosofia da ciência no ensino para a formação de um aluno crítico. Abordaremos a história do desenvolvimento do telescópio e uma proposta para utilização deste material histórico no Ensino de Física, considerando aspectos conceituais do estudo de lentes e também as relações envolvendo desenvolvimento tecnológico e científico e seu papel para a sociedade.
• Palestra III: Formação de professores de Física: navegando entre o legal, o real e o possível
  Prof. Dr. Roberto Nardi – UNESP
  RESUMO: Discutiremos resultados de pesquisas sobre formação inicial e continuada de professores de Física que analisam como são organizadas as estruturas curriculares dos cursos de licenciaturas, tendo em vista a formação dos docentes que nela atuam e seus imaginários sobre formação de professores, ensino e aprendizagem, e os reflexos das posturas dos docentes do curso na estruturação e na condução dos projetos pedagógicos dos cursos e, consequentemente, no perfil profissional dos licenciados. Concluiremos mostrando um processo de reestruturação curricular de um curso de licenciatura resultante de discussões que levaram em consideração os documentos oficiais ou diretrizes para formação de professores e para a formação de físicos, consultas a docentes universitários que atuam na licenciatura estudada, licenciandos e professores de Física em exercício na educação básica. Em função deste estudo de caso, e face à possível semelhança deste caso com outros no país, questionamos sobre a qualidade dos licenciados em Física e a interferência do descaso sobre resultados de pesquisas desta natureza na qualidade do ensino de Física e no imaginário da sociedade sobre o professor de Física e mesmo da Física. Procuraremos colocar para reflexão as seguintes questões: como melhorar a formação de professores de Física e o imaginário sobre o licenciado em Física neste contexto? Há interesse dos pares em discutir questões como essas? Ou modificar este panorama?
• Palestra IV: Física, literatura e o ensino de física
  Prof. Dr. João Zanetic – USP
  RESUMO: A formação cultural de qualquer pessoa ficará enriquecida se o ensino de física levar em consideração elementos da história da física, da filosofia da ciência, dos estudos sociais da ciência e o relacionamento da física com outras áreas do conhecimento. Destas, destacarei a ponte entre duas culturas, aqui representada pela aproximação da física com a literatura, que também pode envolver a história e a filosofia da ciência. Ao pensar na literatura, salientarei aquela escrita por duas famílias de escritores: cientistas com veia literária e literatos com veia científica. Encontramos a presença da física em romances, contos, poesias, letras de música e peças de teatro, que exemplificam aquela ponte pelo conteúdo temático desenvolvido. Por outro lado, encontramos vestígios ou plena literatura em textos escritos por cientistas, em ensaios científico-filosóficos ou mesmo em pequenas novelas. Creio que, como diria Paulo Freire, se não devemos alfabetizar uma pessoa tão somente pelo b + a = ba, não podemos ensinar física apenas pelo f = ma!